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Dubbel, você gosta? Fique por dentro de tudo :)



Cerveja é uma bebida tão interessante que, ao mesmo tempo em que degustamos e procuramos entender e identificar tudo o que ela oferece sensorialmente em cada gole, podemos também aprender as histórias incríveis que existem por trás do nascimento de cada estilo. Estudar cerveja é também aprender sobre cultura de outros povos que nos influenciam até os dias de hoje. Sirvam-se e permitam-se mergulhar nessa cultura que o universo cervejeiro tem a oferecer.


Desde os primórdios, a cerveja foi vista e consumida como alimento. O pão líquido de cada dia. Anos atrás as cervejas eram os únicos alimentos nos períodos de jejuns nas abadias e monastérios. Pois bem, o Estilo Dubbel foi criado pra isso. Esse trecho do livro “Larrouse da Cerveja” descreve bem esse fato. – Inclusive deixo a dica de que esse livro é uma bíblia para todos os amantes da cerveja.


“O nome foi criado pelo mosteiro trapista de Westmalle, na Idade Média, para diferenciá-la da Tradicional Ale da dieta diária dos monges, que era bem mais fraca em termos alcóolicos. Sua produção foi retomada em meados do século XIX, após a era Napoleônica. As Belgian Dubbel são cervejas complexas, com forte presença de malte, sabor torrado de nozes e chocolate, pouco lúpulo e, portanto, quase nenhum amargor. Geram uma espuma cremosa e persistente. Cor varia de cobre ao marrom, aroma lembra banana e frutas não cítricas, e embora maltada, o final é bastante seco” (Larousse da cerveja, estilo 26B).


As marcas brasileiras que possuem esse estilo-rótulo que merecem destaque: Walls Dubbel, Júpter Habanero Dubbel, Bodebrown St. Arnould 6, Seasons Dubbel Dragon.


Importadas: Affligem Dubbel, Chimay Première, Corsendonk Pater, Grimbergem Double, La Trape Dubbel, ST. Bernardus Pater 6, Trappistes Rochefort 6 e Westmalle Dubbel.


Curiosidade sobre cultura Belga e Trapista.


Trapista não é estilo, é um selo de certificação para Abadia e Monastério religioso que produz cerveja.


As trapistas são produzidas em mosteiros por monges religiosos da ordem Trapista.


O nome trapista é derivado do mosteiro de Notre-Dame de La Trappe, na Normandia. Não visa fins lucrativos e sim os autos sustento e obras de caridade. As verdadeiras trapistas possuem o selo de autenticidade: “Authentic Trappist Product”.


Já as cervejas de abadia são produzidas em templos católicos independente da ordem seguida dos monges e podem ter o livre comércio para fins lucrativos.


O número atual de produtores com selo trapista é de 12 com possibilidade de crescimento.

6 dos 12 mosteiros estão localizados na Bélgica.


Sobre os copos: se visitar um bar na Bélgica e o mesmo não tiver o copo da cervejaria para fazer o serviço, você não vai beber aquela cerveja que escolher. Nem adianta insistir. O respeito pelo uso de copos lá, é algo cultura e incontestável.


Análise Sensorial da Dubbel


Estilo 26b BJCP


Impressão geral


Uma cerveja trapista profunda complexa de cobre avermelhado, moderadamente forte, maltosa e complexa com ricos maltes, esteres de frutas escuras ou secas e álcool leve misturados em uma apresentação maltada que ainda fica bem seca.


Aparência


Cor âmbar escuro a cobre, com uma atraente profundidade de cor avermelhada. Espuma geralmente clara, branca, cremosa, densa e duradoura.


Aroma


Aroma complexo e rico em doce e maltado, possivelmente com notas de chocolate, caramelo e/ou torradas (mas nunca aromas torrados ou queimados). Moderado esteres frutados (geralmente incluindo passas e ameixas, às vezes também cerejas). Esteres às vezes incluem banana ou maçã. Fenóis picantes e álcoois mais altos são comuns (podem incluir cravo e especiarias leves, picantes, notas rosadas e/ou perfumadas). As qualidades picantes podem ser moderadas a muito baixo. O álcool, se presente, é macio e nunca quente ou com solventes. Baixo a nenhum picante, aroma de ervas ou lúpulo oral, geralmente ausente. O malte é mais proeminente na balança com esteres e um toque de álcool em apoio, misturando juntos para uma apresentação harmoniosa.


Sabor


Qualidades similares ao aroma. Malte rico e complexo, médio a médio-cheio, cheio de sabor doce no palato, mas com um final moderadamente seco. Complexo interação com malte, éster, álcool e fenol (avors de passas são comuns; sabores de frutas secas são bem-vindos; tempero de cravo ou pimenta é opcional).

O equilíbrio é sempre em direção ao malte. Amargura média-baixa que não persistir no sabor residual. Baixo nível de sabor picante, oral ou de ervas opcional e geralmente não está presente.


Sensação na boca


Corpo médio-cheio. Carbonatação média-alta, que pode influenciar a percepção do corpo. Baixo calor alcoólico. Liso, nunca quente ou com solventes.


ABV: 5.6% a 7%

IBU 15 a 20

SEM – 10 a 17


Até a próxima 😊


Karina Hauch.


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